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MODERNIDADE LÍQUIDA

Guardião Maria Correia em 10/01/2024

A modernidade é um conceito que permeia nossa sociedade há séculos, marcada por progresso, desenvolvimento e mudanças rápidas.
Contudo, Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, introduziu um novo termo em seu trabalho: a "modernidade líquida",
para descrever um novo estágio da modernidade, caracterizada por fluxos e mudanças constantes.
Enquanto a modernidade sólida, que dominou o período pós-Segunda Guerra Mundial, era definida por instituições estáveis e estruturas sociais duradouras,
a modernidade líquida é caracterizada pela fluidez e pela falta de solidez nas relações humanas.
Um dos principais aspectos da modernidade líquida é a sociedade individualizada, na qual os indivíduos são encorajados a buscar seus próprios interesses e
objetivos pessoais. Essa individualização afeta todas as esferas da vida, desde o trabalho até os relacionamentos pessoais.
Em vez de pertencer a um grupo ou comunidade sólida, nos envolvemos em uma busca constante por identidade e pertencimento.
Os tempos líquidos, conforme descrito por Bauman, são caracterizados pela aceleração e incerteza. Vivemos em uma era de mudanças rápidas,
em que as tecnologias e as formas de comunicação evoluem de forma exponencial. Essa rapidez cria uma sensação de instabilidade e incerteza,
afetando nossa capacidade de planejar e construir relações duradouras.
Uma das consequências dessa modernidade líquida é a fragilidade dos laços sociais. Relacionamentos são construídos e desfeitos rapidamente,
deixando pouca margem para a construção de laços profundos e significativos. Além disso, há uma tendência ao descarte rápido,
em que as pessoas são facilmente substituídas por outras em busca de algo melhor ou mais satisfatório.
A modernidade líquida também desafia as estruturas sociais tradicionais.
As instituições que antes forneciam estabilidade e sentido para a sociedade estão se tornando cada vez mais obsoletas.
As ideias de casamento, família e comunidade estão sendo repensadas, enquanto novos modelos e formas de relacionamento emergem para
se adequar a essa sociedade de tempos líquidos.
No entanto, é relevante salientar que a modernidade líquida não é uma avaliação negativa de nossa sociedade atual,
mas uma observação das mudanças que ocorreram em nosso modo de vida e em nossas relações sociais.
Essa fluidez e individualização podem proporcionar maior liberdade e autonomia para os indivíduos.
No entanto, também é necessário refletir sobre os impactos negativos dessas mudanças e buscar maneiras de criar elos sociais e
relacionamentos mais sólidos em meio a essa fluidez.

Caros poetas, deixo o convite para navegarmos nos mares dessa modernidade que, ao mesmo tempo, assusta-nos com a rapidez dos acontecimentos,
mas também nos convida a mergulhar em nossas novas versões.
Como inspiração, trago fragmentos do poema Tabacaria do heterônimo Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).
Escrito em 1928 (e publicado em 1933, na Revista Presença), os versos são um registro do tempo em que viveu,
da modernidade veloz e do sentimento de incerteza do sujeito que se sentia perdido diante de tantas mudanças.

(...) Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
A` Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcara´, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e na~o-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu (...)

C001 - AMORES AVULSOS
@Maria Correia

Corações postos em web sites
Celeiro ilusório do vazio
Amores guardados em arquivos

C002 - PACTO VOLÁTIL
@Maria Correia

Elos humanos fragilizados
Desconexão em tempo real
Sentimentos com código de barra

C003 - TÉPIDAS RELAÇÕES
@Maria Correia

Olhares respingam de passagem
Frágil alegria de ser notado
Coração bombeia água

C004 - MUDANÇAS FÍSICAS
@Chico Zé

municípios evaporam
só... cidades líquidas
estados de ebulição

C005 - ERA ERRO
@carladefaria

pedra irregular
humanidade de imperfeições
descoberta a roda moderna

C006 - MONETIZACÃO DA VIDA
@Rosina

Cadáveres midiáticos
Aberrações da realidade
Deixe o like e a alma

C007 - SEGUNDOS APENAS
@Danda

Romance virtual
Beijo em loop
Eu virei um "se"

C008 - INFLUENCER ON LINE
@Beth Iacomini

festival de futilidades
like é moeda
ilusões no ar

C009 - ATUALIDADE
@Beth Iacomini

egos em concorrência
valores agonizam
vida em deboches

C010 - VIDA LÍQUIDA
@Soroka

Olhares míopes deslizam
Vínculos esgaçados
Amor oferecido a preço de banana

C011 - TEMPO É ILUSÃO
@Soroka

Passado suga momentos
Instantes escorrem entre as mãos
Futuro violado

C012 - MUND & MUNT
@RonaldorJacobina

Sigmund descobriu o ID
Zygmunt colocou no líquido
Mundos fluidos: dentro e fora

C013 - LÍQUIDOS E TÓXICOS
@Cleusa Piovesan

Relacionamentos em flashes
promessas evaporam no ar
sólida... só a transitoriedade

C014 - DANÇA DAS CADEIRAS
@Cleusa Piovesan

De par em par... de boca em boca
ninguém senta por muito tempo
amor caiu no ralo

C015 - TEMPOS LÍQUIDOS
@Rita Queiroz

Individualismo em alta
Relações fluidas
Não me vejo no espelho

C016 - CADA MERGULHO É UM LIKE
@Rita Queiroz

Mundo acelerado
Laços frouxos
Preciso de likes

C017 - SOLIDEZ NAS NUVENS
@Rita Queiroz

Certezas líquidas
Versos leves
Estou fora dos trilhos

C018 - FLUXOS VOLÁTEIS
@Marcelo Marques

Desmancham-se firmeza e solidez
Líquidos passam breves
Evaporados somem nos ares

C019 - RODÍZIO DE AFETOS
@Rosina

Corpos ao léu
Ficantes sem anéis
Fluidos recicláveis

C020 - STATUS QUO
@Cleusa Piovesan

Ciúmes bem sólidos
brigas na embriaguez do etéreo
amor evaporou-se

C021 - EXPOSIÇÃO DE HUMANOS
@Soroka

Tirania da imagem
Sou visto, logo existo
Equilibristas na corda bamba

C022 - CORRIDA CONTRA O TEMPO
@Cleusa Piovesan

Mundo à velocidade da luz
salto para o futuro
um pulinho para o estresse

C023 - ONDE ESTÃO TODOS?
@Soroka

Anônimos na multidão
Reféns da ditadura do tempo
Narcisos apaixonados por si mesmos

C024 - ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
@Kika

olhares espelham vazios
solidão em corpos descartáveis
ah, como invejo as andorinhas!

C025 - VÍCIOS MODERNOS
@claudiotrindade

presos na solidez
corpos desanimados
jejum de dopamina

C026 - SOLIDÃO BINÁRIA
@Maria Correia

Emoções desvalidas se congelam
Vulcão desativado, só cinzas
Cataplasma no peito

C027 - TRANSPLANTE DE CÉREBRO
@Lorenzo

Milionários trocam de sexo como roupa
Corpo é descartado
Eterna juventude alcançada

C028 - DESERTO EXISTENCIAL
@Maria Correia

Exílio no riso frouxo
Inflamação aguda na alma
Palavras anoitecem cansadas

C029 - ARQUIPÉLAGO
@Soroka

Ilhas geladas de solidão
Indiferença é maré cheia
Dor nem às paredes confessa

C030 - CANCELADO O ESPÍRITO
@Lorenzo

Pessoas em descartes contínuos
Avulso torna-se obsoleto
Líquido hoje já é gasoso

C031 - LIVRO VICIA
@claudiotrindade

indica solidez
escrito adormecido
conhecimento liquefeito

C032 - POR UM SEGUNDO
@Danda

Entre rios de mim
Cachoeiras sem roupas
Eu rainha em Diadorim

C033 - INCIDENTE NO BAR
@Maria Correia

Contatos visuais imediatos
Monólogos em pista única
Intimidade exposta no balcão

C034 - DIÁLOGOS DE UMA NOTA SÓ
@Maria Correia

Palavras em cima do muro
Incapacidade de abrigar o outro
Por alguns instantes, feliz!

C035 - SONS DO SILÊNCIO
@Beth Iacomini

solicitantes
teatrais, imortais
sombras de mim

C036 - A CURTO PRAZO
@Cleusa Piovesan

Compra-se afetos e prazeres
vende-se moral e ética
vidas negociáveis

C037 - VAZIO LÍQUIDO
@Soroka

Vidas carentes de sentido
Prazer disponível a granel
Essência escorre pelo ralo

C038 - TEMPOS LÍQUIDOS
@Andréa Abdala

Encontros sob telas
Prazer em dose única
Aroma vazio da paixão

C039 - COMPAIXÃO DE SEGUNDOS
@Andréa Abdala

Doeu a fome crua do outro
Chorei pingos de incertezas
Foi o tempo do farol

C040 - FLUIDEZ URBANA
@contosvida

Escorre modernidade
Ruas como rios urbanos
Cidade que se transforma

C041 - CONEXÕES EFÊMERAS
@contosvida

Redes digitais se entrelaçam
Linhas modernas líquida
Laços que se desfazem

C042 - VAZIO DAS HORAS
@Andréa Abdala

Chovem densas águas
Transbordam medos, perigos
Onde perdi meu umbigo?

C043 - ABSURDOS DO FUGAZ
@Andréa Abdala

Histórias se atropelam
Capítulos extensos e longos
Final o mesmo, preguiçoso

C044 - O MUNDO É UM MOINHO
@Rita Queiroz

Ventos sopram incertezas
Encontros liquefeitos
Foz me atormenta

C045 - EM MEIO AO CAOS
@Soroka

Simulacros obturam lacunas
Escolhas liquefeitas inundam vidas
Estrelas prometem constância

C046 - VIDA LÍQUIDA
@Cleusa Piovesan

Escorregadia, foge nos vãos dos dedos
evaporam-se as emoções
perdemos o infinito

C047 - VANGUARDA EMOCIONAL
@Cleusa Piovesan

Amor sem prazo de validade
aventuras à vista
bobo é quem se apaixona

C048 - CIDADE EM FLUXO
@contosvida

Moderno escorre
Prédios, carros, pensamentos
Líquida metrópole

C049 - JARDIM VIRTUAL
@contosvida

Flores em telas
Aromas exalam imagens
Contos da modernidade

C050 - BEM ME QUER, MAL ME QUER
@Soroka

Afetos líquidos vazam
Troca-se de amor como se muda a camisa
Coração escaldado não sangra

C051 - LIQUIDIFICA_DOR
@Cleusa Piovesan

Só no pega-pega
romantismo? Jogo rápido
em liquidação

C052 - LIQUIDEZ DO EXISTIR
@Danda

Pedaços de outono
Você era um segundo
Eu um século

C053 - DIGAM X
@Cleusa Piovesan

Flashes e posts
paixão instantânea
caem na real... fim

C054 - ENCONTROS VIRTUAIS
@Andréa Abdala

Pessoas vagam por telas
Olhares fixos no vazio
Braços sem abraços

C055 - IMPERMANÊNCIA DO TEMPO
@Maria Correia

Frágeis elos humanos
Tempo do relógio, deixo de Ser
O passado existe quando lembrado

C056 - MODERNO SER
@Andréa Abdala

Do todo ao indivíduo
Das árvores ao ingerido
Dos abraços à orfandade

C057 - LACUNAS DO MODERNO
@Andréa Abdala

Uma lágrima, suicídio
Uma fome, eu doído
Antes um Deus habitava

C059 - NAVEGANDO EM ÁGUAS TURVAS DA EXISTÊNCIA
@Beth Iacomini

vida num palco irônico e fugaz
nossos olhos assistem em silêncio
dança eterna de altivez

C060 - DESAPARECIDO
@Magitrix

Falta da mãe
Bilhete de fuga na porta
Colo da vovó agora gelado

C061 - ESTUDIOSO
@Magitrix

Noites fazendo deveres
Agora manchete na mídia
Formado na escola do crime

C062 - VIA LIVE
@Magitrix

Padre sacramenta união
Amante filma cerimônia
Rascunho do divórcio a caminho

C063 - LÍQUIDO VIVER
@Danda

Sol forte
Um adeus
Chove a Deus

C064 - GELO EM TEMPOS LÍQUIDOS
@Soroka

Ruas apinhadas de ninguém
Coração solitário hiberna
Olhos nos olhos são sopros de vida

C065 - ENTRE O CORPO E A PALAVRA
@Maria Correia

Corpo diluído em córrego
Laços escorrem pelos poros
Palavras coladas ao momento

C066 - TUDO MUDA RAPIDAMENTE
@Marilia Tavernard

Sociedade veloz
Solidão nasceu no moderno
Medo do amanhã

C067 - REFLEXÃO
@Marilia Tavernard

Grandes cidades modernas
Ritmo veloz imparável
Celular meu umbigo

C068 - NA FLUIDEZ DA VIDA
@néctar dos anjos

Rios e cascatas
Poesia aspergida
Ocaso, partiu

C069 - POESIA LÍQUIDA
@Danda

Versos amantes
Bauman na surdez
Os ossos gritam

C070 - GATOLICISMO
@Cleusa Piovesan

Gatos não têm liquidez amorosa
converta-se ou fique depressivo
receba gatificação

C071 - MOLDAR-SE OU MUDAR?
@Cleusa Piovesan

Modismos: não me encaixo
fora modernidade líquida
solidifico-me em valores

C072 - RESPINGOS DE MIM…
@Luciene Avanzini

solidão goteja saudade
fantasias inundam desejos
hoje… só rio sem rumo

C073 - A insustentabilidade de tudo
@Margarida Montejano

Tempo escorre pelos dedos
Eclesiastes registra vaidades
Nada dura para sempre

C074 - COMO SERÁ O AMANHÃ?
@Margarida Montejano

Passado e presente vagos
Pensamentos rasos
Amores superficiais

C075 - TEMPOS DE MAR SEM FIM
@carmem_galbes

Castelos de areia são mais sólidos
Vida escorre pelo ralo
Esperança em conta-gotas

C076 - PINGO DE TEMPO
@Danda

Tristão fugiu rapidamente
Um sonho em gaiola
Sol de junho é desejo livre

C077 - CORREDEIRAS
@Mauro

Rios de desejos lançam-se ao mar
Velhos versos declamam a saudade
Sonhos líquidos ao amanhecer

C078 - NEM CHEGUEI A SONHAR
@Danda

Beijo doído no morto
Fechei os olhos
Batidas na porta: acordei

C079 - NEM CHEGUEI A TE AMAR
@Danda

Assim como a Terra ao Sol
Distante-ei-me de ti
Num instante voltei a mim

C080 - RECEITA PARA SER INFELIZ
@Soroka

Vínculos mínimos
Histórias no liquidificador
Sonhos batumados

C081 - SINGULARIDADE COMTEMPORÂNEA
@contosvida

Cada um em sua órbita
Individualismo moderno
Constelação dispersa

C082 - SOLIDÃO CONECTADA
@contosvida

Conectados, mas sós
Individual e digital
Isolamento virtual

C083 - NAUFRÁGIO.
@Soroka

Fatos multifacetados
Versões camaleônicas
Verdade à deriva em mar lodoso

C084 - VELOZ É A VIDA
@Marilia Tavernard

Caiu da cadeira
Infarto fulminante
Beijo ficou no ar

C085 - AUTONOMIA FRAGMENTADA
@contosvida

Liberdade em pedaços
Contemporâneo atual
Autonomia fragmentada

C086 - FRAGMENTOS URBANOS
@contosvida

Hodiernidade em pedaços
Arranha-céus de ideias
Cidade que se reinventa

C087 - AMORES AMBIVALENTES
@Nanda Chinaglia

antigos romances sólidos
hoje fluidas palavras soltas
persiste a angústia de quem ama

C088 - IN FINITOS
@Nanda Chinaglia

sólida multidão
líquidas companhias
corações jorram vazios

C089 - DEPOIS DE UMA TAÇA DE VENHO
@Michael Douglas

Química perfeita
Líquido somente nosso suor
Amor em ebulição

C090 - VIDA A PRAZO
@Michael Douglas

Tudo a prazo
Morte não espera
O Tempo atropela

C091 - TEMPOS LÍQUIDOS
@Michael Douglas

Paixão febril
Prazer somente carnal
Amor evaporou

C092 - SOCIEDADE LÍQUIDA
@Rogério Marques

Fluidez dos tempos sólidos
Vida moderna liquidou-se
O tempo não para. Vou-me ...

C093 - AMANHECER
@Rogério Marques

Levantar sólido
Viver Liquido
Manter o caráter em ebulição

C094 - CORRENTEZA URBANA
@contosvida

Modernidade escoada
Ruas como rios cinéticos
Cidades em constante fluxo

C095 - FLUIDEZ DIGITAL
@contosvida

Bytes que escorrem
Gigabytes virtual
Dados em movimento

C096 - ATRASO INTELECTUAL
@Cleusa Piovesan

Cérebros derretendo
vida escorre em telas
relacionamentos líquidos no ar

C097 - POETA É ASSIM
@Beth Iacomini

estranha a própria alma
cavernas íntimas de medos absurdos
sabe que a verdadeira poesia está nas entrelinhas

C098 - NEM CHEGUEI A SER CRIANÇA
@Danda

Deram-me um celuar
Em descuido do tempo
Assustei-me: é uma bola, filho

C099 - GESTOS FLUIDOS
@Lorenzo

Inércia é sólida
Vida ocupa espaços vazios
Ser é movimento

C100 - QUASE ILHA
@Cleusa Piovesan

Pensamentos sólidos
estou liquefeita em inspiração
poesia escorrendo em mim

C101 - CONTEMPORIANIDADE FLUÍDA
@contosvida

Ideias em transição
Modernidade em movimento
Escoamento constante

C102 - AMORES MÚLTIPLOS
@Rogério Marques

Copular sentimentos
Sem fórmula para amar
A vida escorre em conta-gotas

C103 - REDES INTERCONECTADAS
@contosvida

Progresso entrelaçado
Fios digitais cruzando
Teia da contemporaneidade.

C104 - INSTANTANEIDADE VIRTUAL
@contosvida

Dedos instantâneos
Cliques e conexões rápidas
Mundo na palma da mão

C105 - FRAÇÃO DE TEMPO
@Angela Ferreira

juventude escorre entre dedos
futilidades brincam, coletivo
ligeira hora perdida

C106 - TERRA PLANA, VIDA LÍQUIDA
@Maritta

Escorre entre as mãos
Me vaza os sentidos
Só resta nadar

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